quinta-feira, 25 de agosto de 2011

O CONTEXTO DO PROJETO CÍRCULO DE CULTURA

Por Gildean, em 25 de agosto de 2011.

Nossa sociedade corre riscos. Uma onda de mediocridade parece querer se impor como se a humanidade não tivesse outro caminho a não ser se render à essa marginalidade. Os programas de televisão investem sem qualquer freio ético na baixaria geral como se tal comportamento pudesse ser legitimado em nome da “santa audiência”. Tudo pela audiência. Mas, será mesmo que tais “programas” só estão preocupados com a audiência e renda, ou também haveria outros motivos? Aniquilar a consciência das massas, por exemplo. E por quê? Para quê distrair e anestesiar a consciência coletiva? Bem, na verdade, esse seria o mandamento de ouro de toda tirania moderna. Homens sem consciência, sem massa crítica não são homens. Autômatos, escravos modernos presos pelo entretenimento. Se tivermos algum poder real nesta vida, este reside em nossa consciência coletiva.

Mexer na consciência de alguém é sempre um projeto que envolve poder. Pode ser para que o sujeito venha a ter mais potência, e com esta viver uma vida mais saudável, auto-realizada, ou ao contrário, para que este venha a ser despossuído, dominado, impedido de realizar seu potencial. Freud foi escolhido para inaugurar esse espaço e não por acaso. Ele percebeu a importância e a necessidade do auto-conhecimento como pré-requisito para a verdadeira liberdade. Uma liberdade além daquelas que os regimes de governo podem oferecer. Mostrou que não somos os senhores de nós mesmos como até então se pensava naquela época. Desse trabalho todo resultou o movimento psicanalítico que continua vivo até hoje.
                                                                                       
                                                                                     Natal Marsari Neto

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